As sacolinhas de supermercado têm sido motivo de muitos comentários da mídia e de campanhas para sua substituição por sacolas levadas pelos consumidores. Para pequenas compras, OK! Mas e a compra mensal? O assunto está mal colocado. As sacolinhas são feitas de PEBD – Polietileno de Baixa Densidade, um termoplástico que reciclado permite sua reutilização várias vezes. Sua reciclagem substitui a resina virgem que usa 25 vezes mais energia para produzir o mesmo produto. Porque não reciclar? Existem no Brasil 800 mil catadores vivendo do lixo em condições miseráveis, que poderiam ser empregados e terem renda na triagem do lixo como é feito na Usina de Reciclagem do Caju no Rio de Janeiro. Costuma-se citar o que ocorre nos países do primeiro mundo como exemplo a ser seguido. Se muitas coisas devemos copiar deles, pois não se trata de reinventar a roda, outras não se adaptam a nossas condições. E o lixo é exatamente o caso. Eles precisam da coleta seletiva e da redução do lixo na origem porque não têm pessoas que sem dediquem a triagem do lixo, em razão do elevado nível de renda. Nós temos 800 mil cidadãos na maior miséria vivendo da catação nos lixões e aterros, que certamente agradeceriam a oportunidade de trabalhar em condições dignas e ter uma renda, como o trabalho numa usina de reciclagem. O vulto do investimento em aterros sanitários e o elevadíssimo custo de manutenção, afora o grave problema de emissão de metano e gás carbônico responsáveis pelo “Efeito estufa”, permitem com vantagem o investimento em usinas de reciclagem; um somente tem custo, o outro gera emprego, renda e economiza energia. Vamos deixar de ver na TV casos de importação de lixo porque o nosso está indo para os lixões e aterros?
Discutimos a questão da gestão e tecnologias sobre RSU - Resíduos Sólidos Urbanos e as implicações sociais para cerca de 800 mil famílias de catadores de lixo que vivem numa extrema miséria e as enormes possibilidades de riquezas contidas no lixo urbano pela reciclagem com novas tecnologias
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
AS SACOLINHAS DE SUPERMERCADO E OS ATERROS SANITÁRIOS
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